30 de set. de 2011

Baterias de lítio ganham o poder do silício

Oito vezes melhor

Cientistas sintetizaram um novopolímero que consegue absorver até oito vezes mais lítio do que o material usado nas baterias recarregáveis atuais.

Para afirmar que o novo material pode criar uma nova geração de baterias para viabilizar definitivamente os carros elétricos, os cientistas não se restringiram a fazer projeções matemáticas.

Eles testaram o novo material por mais de um ano, demonstrando que ele suporta centenas de ciclos de carga e descarga sem perder suas características.

Silício e íons de lítio

"Anodos de alta capacidade parabaterias de íons de lítio sempre se defrontaram com o desafio da alteração de volume quando os eletrodos absorvem o lítio," comentou Gao Liu, dos Laboratórios Berkeley, nos Estados Unidos.

Quase todos os anodos das baterias de lítio hoje são feitos de grafite, que é eletricamente condutor mas tem uma capacidade de expansão apenas modesta - os íons de lítio são armazenados entre as camadas degrafeno que formam o grafite.

O silício é o material com maior capacidade de absorção de íons de lítio entre todos os materiais que se conhece. Mas ele triplica de volume quando está totalmente carregado, o que gera trincas no material durante os ciclos de carga e descarga, diminuindo radicalmente a vida útil das baterias.

Uma abordagem vinha sendo a mistura de polímeros ao silício para que o material ganhasse em flexibilidade. Mas isso torna necessário a adição de carbono para a condução elétrica, e o carbono acaba sendo expulso da mistura nos repetidos ciclos de incha e desincha do anodo.

Polímero condutor

A solução veio na forma de um polímero - uma espécie de plástico - que conduz eletricidade e se liga fortemente às partículas de silício que retêm o lítio no anodo da bateria.

No processo de absorção do lítio - durante o carregamento da bateria - o polímero incha, expandindo-se a até três vezes seu volume inicial. Durante o descarregamento, ele libera o lítio e encolhe novamente para seu tamanho normal.

O polímero condutor de eletricidade resolveu o problema ao dispensar a adição do carbono.

Segundo os pesquisadores, o novo anodo usa apenas materiais já disponíveis, de baixo custo e compatíveis com as tecnologias da fabricação das baterias recarregáveis de lítio.


fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

20 de set. de 2011

Fusão nuclear a laser: solução para energia limpa?

Com informações da New Scientist - 19/09/2011
Fusão nuclear a laser
A fusão nuclear - a energia das estrelas - promete pôr fim ao problema energético mundial.[Imagem: LLNL/NIF]

Energia das estrelas

O sonho de dominar a fusão nuclear- a energia das estrelas - continua de fato brilhando, agora ainda mais.

A fusão a laser é uma tecnologia diferente da chamada "fusão magneticamente induzida", usada noITER e em outros experimentos.

Esta tecnologia está sendo usada no projeto Hiper, que pretende iniciar a fusão nuclear usando um equipamento de raio laser do tamanho de um estádio de futebol, e no projeto JET (Joint European Torus).

Agora, pelo menos três parceiros de peso acabam de anunciar um esforço conjunto para tentar domar a fusão nuclear a laser.

A equipe será formada pelo Laboratório Nacional Lawrence Livermore (EUA), Laboratório Rutherford Appleton (Grã-Bretanha) e pela empresa privada AWE.

O que é a fusão a laser?

Em altas temperaturas e pressões, os núcleos dos isótopos pesados de hidrogênio - deutério e trítio (ou trício) - formam um plasma, podendo ser fundidos para formar hélio, liberando energia e um nêutron.

Disparando uma saraivada sincronizada de laser pulsado é possível vaporizar a superfície de uma esfera cheia desses isótopos, forçando a esfera a implodir, produzindo assim as condições de fusão em seu interior durante alguns bilionésimos de segundo.

A física se assemelha à detonação de uma bomba termonuclear (ou bomba de hidrogênio) - embora em uma escala muito menor.

Para saber mais: Fusão nuclear a laser

6 de set. de 2011

Menor motor elétrico do mundo tem apenas uma molécula

Menor motor molecular elétrico tem apenas uma molécula

Motor molecular elétrico

Químicos da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, criaram o menor motor molecular acionado por eletricidade.

O motor elétrico molecular mede apenas 1 nanômetro.

Ele consiste em uma única molécula de sulfeto de butil metil posta sobre uma superfície de cobre.

Esta molécula, que contém enxofre, possui átomos de carbono e hidrogênio formando uma estrutura que lembra dois braços, com quatro carbonos de um lado e um do outro.

Estas cadeias de carbono ficam livres para girar em torno da ligação de enxofre e cobre, que funciona como eixo.

Motor frio

O fornecimento da eletricidade e o controle do motor molecular foi feito com um microscópio de varredura por tunelamento (STM-LT), que coloca as amostras sendo observadas em temperaturas criogênicas e que usa um feixe de elétrons, em vez de luz, para "enxergar" moléculas.

A finíssima ponta de metal do microscópio fornece uma carga elétrica para a molécula de sulfeto de butil metil, que havia sido previamente colocada sobre uma superfície de cobre.

Para ver seu funcionamento, contudo, é necessário manter uma temperatura de 5 Kelvin (-268º C).

Em temperaturas mais altas do que isso, o motor gira rápido demais, o que torna difícil controlar sua rotação e mesmo medir quantas voltas ele dá.

Livros dos recordes

O desenvolvimento faz parte de uma nova classe de dispositivos que poderão ser usados em aplicações que vão da medicina à engenharia.

Segundo Charles Sykes, coordenador da equipe, eles vão submeter o motor elétrico molecular para o Guinness World Records.

"Tem havido progressos significativos na construção de motores moleculares alimentados por luz e por reações químicas, mas esta é a primeira vez que se constrói um motor elétrico molecular," disse Sykes.

Na verdade não é. Embora o novo motor seja o menor, cientistas holandeses construíram o primeiro motor molecular totalmente elétrico em 2010.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=menor-motor-molecular-eletrico-uma-molecula&id=010170110905&ebol=sim