10 de abr. de 2010

Cientistas da África do Sul anunciam descoberta de novo ancestral do homem

Reportagem extraída do globo.com

(http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1560838-5603,00.html)

Fêmea adulta e macho adolescente caíram em fosso há 2 milhões de anos. ‘Australopithecus sediba’ traz pistas de período pobre em registros fósseis. Batizada de Australopithecus sediba, trata-se de uma espécie de hominídeo que revela dados inéditos de um período da história até hoje carente de vestígios fósseis. Os achados ocorreram no sítio de Malapa, na África do Sul, uma região rica em cavernas que é revirada pela ciência desde 1935

7 de abr. de 2010

Caos no RIO! Culpa dos Polímero?

Nos últimos dias vivemos uma situação complicada aqui no Rio de Janeiro. Alagamentos, deslizamentos, milhares de pessoas afetadas e mais de uma centena de mortos. Esse cenário foi desenhado em apenas 24h de chuvas torrenciais. Pelo menos é o que dizem os noticiários. No entanto, sabemos que não é bem assim. A sociedade tem uma parcela significativa de culpa sobre a situação de emergência que o nosso estado se encontra. Nosso consumo desenfreado leva a produção de lixo em larga escala e o descarte irresponsável e muitas vezes negligenciado contribui para o entupimento de bueiros, bocas de lobo, tubulações de esgoto, ou seja, os meios de escoamento das águas pluviais. Quando esse lixo cria barragens nos rios, acaba dificultando o escoamento das águas fluviais e eles trasbordam.

Nosso mundo vive dos plásticos. Tudo ao nosso redor parece ter, em algum ponto, esse material, não é mesmo? O surgimento dos materiais plásticos modificou muito o dia-a-dia do homem, através da confecção e utilização desses materiais em diversos segmentos sociais e industriais. Mas é justamente uma das maiores virtudes dos plásticos, a durabilidade, que os torna um problema muito grande quando são descartados nos lixões e aterros sanitários. A comunidade científica vem procurando soluções para minimizar as diversas formas de agressão ao meio ambiente. Uma proposta promissora, abordada no presente artigo, são os plásticos biodegradáveis que, ao contrário dos sintéticos derivados do petróleo, sofrem biodegradação com relativa facilidade, se integrando totalmente à natureza.

Os plásticos biodegradáveis, ao contrário dos sintéticos derivados do petróleo, sofrem biodegradação com relativa facilidade, se integrando totalmente à natureza. Devido a isso, institutos de pesquisas das universidades, muitas vezes ligados ao setor industrial, trabalham há alguns anos em uma linha de pesquisa que visa desenvolvê-los. Uma substância é biodegradável se os microrganismos presentes no meio ambiente forem capazes de convertê-la a substâncias mais simples, existentes naturalmente em nosso meio.

Pesquisas em torno do plástico biodegradável vêm ocorrendo em todo o mundo, nas quais se tem testado o uso de óleo de mamona, cana-de-açúcar, beterraba, ácido lático, milho e proteína de soja, entre outros. Algumas aplicações já começam a sair dos laboratórios, e entre elas podemos citar duas experiências brasileiras bem sucedidas, como o poliuretano obtido a partir do óleo de mamona e o PHB (polihidroxibutirato) obtido a partir do bagaço da cana.

Do ponto vista estritamente técnico, os plásticos biodegradáveis ainda não apresentam toda a versatilidade dos convencionais. As novas pesquisas visam justamente aprimorar as características dos novos plásticos. Do ponto de vista econômico, eles ainda são mais caros que os derivados de petróleo (de duas a três vezes), mas têm se mostrado bastante competitivos em algumas aplicações, especialmente na área médica, graças à sua biocompatibilidade (compatibilidade que ele tem com o organismo humano). Voltando novamente às espumas de poliuretano obtidas a partir do óleo de mamona, na composição química desse material existe uma cadeia de ácidos graxos cuja estrutura molecular está presente nas gorduras existentes no corpo humano; por isso mesmo, quando esse material é utilizado em implantes, as células não “enxergam” o mesmo como um corpo estranho e não o repelem.

Outra aplicação de sucesso dos plásticos biodegradáveis na área médica é como veículo para a liberação controlada de drogas em organismos, como hormônios: o recipiente plástico é degradado progressivamente e, com isso, a substância é absorvida pelo paciente no ritmo determinado pelas necessidades terapêuticas (Scientific American Brasil, 2003). O futuro dos plásticos se mistura um pouco com o próprio futuro da humanidade, e com certeza ainda teremos muitos capítulos nessa história. O que se pode dizer é que, tendo em vista o interesse despertado pelos plásticos biodegradáveis, e pressionadas por apelos populares para a redução da utilização dos plásticos convencionais, as indústrias terão que viabilizar o plástico biodegradável no mercado, e quem sabe conviveremos um pouco mais em harmonia com nosso meio ambiente.

Artigo completo: Química Nova na Escola, 22, novembro 2005

4 de abr. de 2010

Química na Páscoa!

É isso aí pessoal, vou inaugurar nosso blog com um post sobre a delícia da páscoa: CHOCOLATE!
Nas semanas que envolvem a páscoa, costumo participar de alguns "chocolates secretos" em algumas turmas que leciono e em homenagem aos meus alunos vou colocar um pouquinho de química no chocolate de vocês. Na verdade, vou elucidar a química do chocalate, afinal de contas ela já esta lá, não é mesmo?!


O chocolate apresenta efeitos peculiares no nosso Sistema Nervoso Central (SNC). Afinal, quem nunca ouviu dizer que um "chocolatinho" ajuda a aliviar a ansiedade? Ou ainda que ajuda a induzir a uma situação de tranquilidade e relaxamento? Vamos entender porque as mulheres devoram chocolate quando estão tensas, ansiosas ou até mesmo tristes.

Porém, antes de mais nada, é fundamental lembrarmos do básico do funcionamento do nosso SNC. O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, é responsável pela maioria das funções do controle do organismo. O SNC pode ser comparado a um supercomputador, capaz de processar um número enorme de bits de informação, provenientes de diferentes órgãos sensoriais e, então, determinar a resposta a ser executada pelo organismo. O modo de transmissão entre os neurônios, no cérebro, não é elétrico, e sim carreado por neurotransmissores, substâncias químicas neuroativas liberadas no lado pré-sináptico da junção entre dois neurônios, a sinapse.
De toda a informação enviada pelos órgãos sensoriais, apenas 1% produz uma resposta do organismo: uma das principais funções do SNC é filtrar as informações que chegam - na verdade, 99% são simplesmente descartadas.

Pesquisadores do Neurosciences Institute de San Diego publicaram um artigo na revista Nature (Piomelli et al., Nature, 382, 677-8,1996), mostrando que as substâncias neuroativas presentes no chocolate se ligam, no SNC, aos mesmos receptores que o THC (princípio ativo da maconha). Estas substâncias são chamadas de anandamidas, que são produzidas naturalmente no SNC, e se ligam ao receptor do prazer. Por isso a sensação de prazer, relaxamento e felicidade ao saborear um delicioso chocolate. Então aproveitem a Páscoa e deliciem-se com os chocolates, mas com moderação.

Abração!